Campanha de vacinação contra pólio e sarampo termina na sexta-feira

Expectativa do governo é imunizar 12,7 milhões de crianças contra a pólio e 10,6 milhões contra o sarampo. Até a última sexta-feira, somente 48,1% da meta havia sido alcançada

 

Campanha de vacinação contra pólio e sarampo termina na sexta-feira
Vacina deve ser aplicada em crianças de seis meses a cinco anos (Thinkstock/VEJA)

Crianças entre seis meses e cinco anos têm até a sexta-feira para participar da campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a poliomielite. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 100 000 postos fixos e volantes estão disponíveis em todo o Brasil desde 8 de novembro. Em São Paulo, 5 900 locais aplicam as vacinas das 8 horas às 17 horas.

A expectativa do governo federal é imunizar 12,7 milhões de crianças contra a pólio e 10,6 milhões contra o sarampo durante a campanha. Até a última sexta-feira, somente 48,1% da meta havia sido alcançada. O porcentual não inclui o número de participantes do Dia D, realizado no sábado. O ministério espera que ao menos 95% do público-alvo seja imunizado até o dia 28.

Só haverá prorrogação do prazo se o alcance da ação ficar muito abaixo do esperado. No ano passado, a campanha contra a pólio imunizou 96,6% das crianças entre seis meses e cinco anos. Em 2012, a participação chegou a 98,9%.

Apesar de o Brasil ser considerado livre de poliomielite desde 1990, a vacinação tem o objetivo de evitar a reintrodução do vírus no país. O Ministério da Saúde recomenda três doses da vacina via oral nos primeiros 12 meses de vida da criança e mais dois reforços entre 15 meses e quatro anos. Na maioria dos casos, pacientes infectados pelo poliovírus sofrem de danos irreversíveis no sistema nervoso. A doença não tem tratamento e causa a paralisia dos membros inferiores.

Alergia — Para evitar reações adversas, crianças alérgicas ao leite de vaca devem aguardar novo chamado de vacinação para receber a tríplice viral, que previne o sarampo, a rubéola e a caxumba. A medida é uma precaução contra efeitos de um dos componentes da fórmula, a lactoalbumina hidrolisada, também presente no leite. Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que 28 crianças tiveram reações alérgicas depois de tomar a tríplice viral.

Embora o sarampo seja considerado erradicado na maioria dos Estados brasileiros, casos da doença foram registrados nos últimos dois anos, em Pernambuco e no Ceará. Para prevenir a infecção, a tríplice viral deve ser tomada duas vezes no primeiro ano de vida. A tetraviral, recomendada para bebês de 15 meses, reforça a imunização. A última dose da vacina é aplicada em adultos entre 20 e 49 anos. Os sintomas mais comuns do sarampo são febre alta, tosse, conjuntivite e manchas avermelhadas pelo corpo.

 

Criado: 26 de Novembro de 2014
Autoria/Fonte: Revista Veja On-line - Saúde

 

voltar