Efeito Angelina: atriz fez aumentar procura por teste que avalia risco de câncer

Em 2013, a americana tornou pública a sua cirurgia de retirada das mamas, realizada após exame detectar mutação genética associada a tumores

 

Efeito Angelina: atriz fez aumentar procura por teste que avalia risco de câncer
Como embaixadora da ONU, Angelina Jolie participou da reunião de ministros das Relações Exteriores do G8 em 11 de maio, em Londres, para falar sobre abusos sexuais e a situação da mulher no Oriente Médio - Getty Images/VEJA

Em maio do ano passado, Angelina Jolie revelou ter passado por uma cirurgia de retirada das mamas após um teste detectar em seu DNA uma mutação no gene BRCA1, que está associada a um risco elevado de câncer de mama e de ovário. A decisão da atriz em tornar o seu caso público ampliou as discussões sobre o tema e aumentou a procura pelos procedimentos — segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), por exemplo, o interesse pela cirurgia para prevenir a doença aumentou 50% no Brasil desde então. 

Agora, um novo estudo mostra que, entre as britânicas, a procura pelo teste que analisa mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 mais do que dobrou. A pesquisa, publicada nesta sexta-feira no periódico Breast Cancer Research, avaliou os dados de 21 clínicas e centros genéticos da Grã-Bretanha. Segundo os resultados, foram feitos 4 847 exames do tipo entre junho e julho de 2013, enquanto no mesmo período do ano anterior foram 1 981 testes.

“A notícia da cirurgia de Angelina Jolie pode ter reduzido o medo das pacientes sobre a perda de identidade sexual após a cirurgia preventiva e encorajado as mulheres que ainda não haviam buscado serviços de saúde para considerar testes genéticos”, diz Gareth Evans, pesquisador da Genesis Breast Cancer Prevention e coordenador do estudo.

Procedimento — Apesar da alta na procura por esse teste genético, é preciso lembrar que ele não é indicado para todas as pacientes, mas somente àquelas com um risco elevado de câncer de mama. Ou seja, mulheres que já tenham tido a doença ou com histórico de vários casos do tumor na família. Caso o exame detecte a mutação genética, fica a critério da paciente submeter-se ou não à retirada das mamas. Se não quiser passar pela cirurgia, ela deve ser examinada com frequência para que o médico tenha controle sobre o possível surgimento e a progressão da doença. No Brasil, esse teste custa cerca de 7 000 reais.

Celebridades que venceram o câncer:

Ana Maria Braga

A apresentadora de 64 anos tem histórico de reincidência. Seu primeiro contato com a doença foi um câncer de pele, em 1991. Cerca de sete anos depois, ela retirou um tumor benigno no útero. Em julho de 2001, anunciou ao vivo, no programa Mais Você, que estava com câncer no reto. Durante o tratamento, ela apresentou careca o programa matinal da Globo por causa dos efeitos da quimioterapia. Desde 2002, está livre da doença.

 

Drica Moraes

Depois de ser internada com dores e desmaios, em 2010, aos 40 anos, a atriz foi diagnosticada com leucemia, um tipo de câncer que afeta a medula óssea. O tratamento incluiu transplante de medula, transfusão de sangue e sessões de quimioterapia.

 

Glória Perez

Em 2009, aos 61 anos, a autora de novelas recebeu o diagnóstico de linfoma, câncer que acomete o sistema linfático. Ela superou a doença com sessões de quimioterapia. 

 

Patrícia Pillar

Foi durante o autoexame em 2001, aos 37 anos, que a atriz Patricia Pillar sentiu um nódulo em seu seio esquerdo. Depois de uma cirurgia para a retirada do tumor e sessões de quimioterapia, a atriz foi considerada curada pelos médicos.

 

Reynaldo Gianecchini

Em 2011, aos 38 anos de idade, o ator foi diagnosticado com um linfoma de células T angioimunoblástico, um tipo de câncer no sistema linfático. Após sessões de quimioterapia, ele diz se considerar curado.

 

Criado: 25 de Setembro de 2014
Autoria/Fonte: Revista Veja On-line

 

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